O presidente da França, Emmanuel Macron, fez críticas ao desmatamento da Amazônia e citou especificamente a soja brasileira, relacionando-a ao problema ambiental. “Continuar a depender da soja brasileira seria ser conivente com o desmatamento da Amazônia”, afirmou Macron, em sua conta oficial no Twitter.
A declaração do político sofreu respostas imediatas de entidades do agronegócio brasileiro. Segundo o comentarista Miguel Daoud, essa fala faz parte de uma estratégia eleitoral do político francês. “É uma estratégia política dele, que em 2022 vai se recandidatar à presidência. O que ele falou foi um absurdo tão grande, tanto que é até difícil achar coerência nessa fala. Ele fez mudanças na taxação sobre combustíveis fósseis e isso levou à alta de custo de produção agropecuária na França, pois a maioria das cidades do interior vive do agro. Ele precisa recuperar a popularidade, ainda mais após sofrer uma grande derrota nas eleições municipais, onde partidos de esquerda apoiados por ambientalistas ganharam muitos votos”, disse.
Segundo Daoud, para responder a essa declaração, o Brasil precisa apresentar fatos de que não desmatamos a Amazônia para plantar soja. “Mesmo assim eles continuarão com esse discurso para conquistar popularidade. É uma estratégia de campanha”, completou.