O primeiro trimestre do ano chegou ao fim e as demandas internacionais por commodities agrícolas continuam em alta. Segundo o comentarista Miguel Daoud, essa tendência deve continuar, principalmente por causa do ‘apetite’ do mercado chinês.
“A China vai continuar demandando por commodities e não vejo nenhuma retração da demanda. A China prevê incentivar a importação de produtos utilizados até na indústria siderúrgica, pois quer ter equilíbrio no meio ambiente e avançar na tecnologia. Por isso, é bem provável que a Ásia vire o principal polo econômico da economia mundial”, disse.
Apesar disso, Daoud alerta para o aumento do custo. “Quando se olha nos últimos 100 anos, a participação das commodities na economia vem caindo, porque a tecnologia é que incorpora valor. Quem produz commodity sempre tem gargalo de custos. Demanda nós teremos, mas o custo, não sei se teremos. Se a gente tem que ter um projeto para a agropecuária, é um projeto que garanta minimamente o preço para 70% de quem vive da agricultura familiar. Temos que proteger o pequeno produtor”, finalizou.