Com uma hora de atraso começou a sessão preparatória para escolha do novo presidente do Senado Federal. Na primeira etapa do encontro, os candidatos fizeram pronunciamento. Em sua fala, os senadores Major Olimpio (PSL-SP) e Jorge Kajuru (Cidadania-GO) retiraram sua candidatura para apoiar a candidata Simone Tebet (MDB-MS). Ela concorrereu então apenas com Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que acabou sendo eleito. Tanto na Câmara, quanto no Senado, os mandatos têm duração de dois anos, com possibilidade de reeleição.
Na Câmara, os 513 deputados se reúnem para definir quem será o novo presidente. O pleito será presencial e o voto é secreto. Na ocasião, também serão escolhidos os demais ocupantes da Mesa Diretora: dois vice-presidentes, quatro secretários e os respectivos suplentes. Até o momento, nove deputados concorrem ao cargo, dois por blocos partidários, dois candidatos de partidos e cinco candidaturas avulsas. Novas candidaturas podem ser apresentadas até o dia da eleição.
A disputa está polarizada entre as candidaturas dos deputados Arthur Lira (PP-AL) e Baleia Rossi (MDB-SP). Com o apoio de 11 (PP, PL, PSL, Pros, PSC, Republicanos, Avante, Patriota, PSD, PTB e Podemos) partidos, Lira, foi o primeiro parlamentar a se lançar na disputa. O deputado também conta com o apoio do presidente da República, Jair Bolsonaro.
Oportunidade para o governo
Para o comentarista Miguel Daoud, o favoritismo de candidatos do governo como Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que acabou sendo eleito, devem dar uma oportunidade para o governo Bolsonaro aprovar pautas essenciais. “O Brasil precisa de cooperação do Legislativo e Executivo para avançar com as pautas que podem levar o Brasil a desatar o nó que estamos vivendo”, falou.
“O governo Bolsonaro tem a grande oportunidade para avançar em dois pontos que devem ser votados imediatamente: o orçamento e a PEC Emergencial. É uma grande oportunidade para o presidente, pois se começar a demorar demais, teremos mais obstáculos no futuro”.