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Rural Notícias

'Demanda interna será atendida a preços mais baixos em 2021', alerta professor de economia

O professor de economia da USP, Celso Grisi, comenta tendências para a pecuária brasileira em 2021

Depois da ceia de natal, o desafio é definir o cardápio do réveillon. Tradicionalmente, o brasileiro opta pelo churrasco, mas este ano, o preço das carne está preocupando os consumidores.

As exportações brasileiras de carne bovina encerraram o ano de 2020 com um novo recorde de volume e faturamento. No ano foram mais de 2 milhões de toneladas embarcadas, alta de quase 9% em relação a 2019. As receitas superaram os U$ 8 bilhões, valor 11,8% acima do ano passado, segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec).

Para o professor de economia da Universidade de São Paulo (USP), Celso Grisi, a demanda vai se manter elevada em 2021. “O recuo do dólar diminui o preço em real recebido pelos frigoríficos, o que dá um ajuste no preço recebido pelo produtor”, explica.

Mas mesmo com os preços altos, o consumidor brasileiro está optando por produtos mais baratos. “A perda do poder aquisitivo da população brasileira resultou no consumo de fontes mais baratas, como o frango e peixe, então, em 2021 deve ocorrer uma queda expressiva nos preços da carne bovina”, alerta.

Em relação ao preço dos insumos, em especial o milho, Grisi afirma que haverá uma redução na margem de lucros, mas a situação muda com a chegada das safras. “Com a chegada das safras, é evidente que esses preços tendem a sofrer redução, o que levará ao aumento da margem do produtor”.

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