Um dos denunciados, o ex presidente da frente parlamentar da agropecuária Luiz Carlos Heinze negou irregularidades e garantiu que obteve repasses legais de seu partido, o Partido Progressista (PP). Ele disse ainda que vai processar o doleiro Alberto Yousseff, um dos delatores dos supostos crimes.
Outro deputado ligado ao agronegócio, Jeronimo Goergen, acusado de receber mesada mensal entre R$ 30 mil e R$ 150 mil, negou ter recebido repasses do doleiro. Em entrevista coletiva, ele disse que não era deputado federal na época em que os líderes do PP supostamente receberam propina.
O parlamentar soube que foi incluído na lista de políticos acusados três horas antes da divulgação. Ele informou que pediu afastamento do diretório do PP do Rio Grande do Sul para preservar a sigla e se defender das acusações.
Goergen afirmou ainda que vai entrar com uma interpelação judicial contra o doleiro Alberto Youssef, que ele garante não conhecer, além de abrir o sigilo fiscal, bancário e telefônico ao Ministério Público Federal.
Outros parlamentares ligados ao agronegócio que estão na lista da Operação Lava Jato também rebateram as acusações. O senador Valdir Raupp, do PMDB de Rondônia, afirmou que os recursos recebidos da construtora Queiroz Galvão estão contabilizados no Tribunal Regional Eleitoral e no Tribunal Superior Eleitoral. Ele disse ainda que jamais manteve quaisquer relações com os delatores envolvidos na Operação. O deputado Afonso Hamm, do PP do Rio Grande do Sul, nega qualquer envolvimento ou participação no processo denunciado pela Lava Jato.