A economia brasileira teve o terceiro menor desempenho entre os países que formam o G20 no segundo trimestre de 2021. Os dados são da Organização para Cooperação e Desenvolvimento econômico (OCDE), divulgados nesta quarta-feira, 15.
O Produto Interno Bruno (PIB) nas economias do G20 cresceu 0,4% no segundo trimestre. No entanto, para o Brasil, houve um recuo de 0,1% no período.
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Segundo o professor de economia da Universidade Federal de São Paulo (USP), Celso Grisi, não foi apenas as ações lentas no combate à pandemia que impulsionaram esse resultado.
“Nós temos uma redução no nível de investimento nacional e estrangeiro na economia, e é ele que faz o crescimento do PIB e a oferta de empregos. Isso se deu, pois, as reformas estão paradas no legislativo, a inflação está elevada, temos problemas climáticas em regiões produtores. Esses são fatores que explicam esse modesto movimento da econômica brasileira”, explica.
De acordo com o professor, ações de curto prazo não são capazes de promover uma recuperação significativa da economia. No entanto, segundo ele, o avanço das reformas pode ajudar a amenizar a situação.
“Precisamos alcançar algum resultado nas reformas, isso abre perspectiva para o investimento, traz emprego e crescimento. O Brasil deveria priorizar isso no curto prazo”, finaliza Grisi.