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Desvalorização do dólar diminui competitividade da soja brasileira

Analistas dizem que valorização do real pode dar abertura para o mercado argentino comercializar o grão

Fonte: Jecson Schmitt/Arquivo Pessoal

A queda do dólar nas últimas semanas diminuiu a competitividade do Brasil nas vendas de soja. Analistas dizem que se o real tiver valorização frente à moeda americana, a Argentina deve ganhar a fatia de mercado que o Brasil vem ocupando nas exportações do grão. Segundo os analistas, pelo menos 40 milhões de toneladas da safra 2015/2016 ainda precisam ser negociadas.

A analista da FCStone Natália Orlovicin explica que o cenário é de um primeiro trimestre atípico para o mercado brasileiro de soja. Diferente de 2015, quando a comercialização da safra estava lenta. O início de 2016, o dólar alto estimulou o produtor a negociar o grão.

“A gente estima que em torno de 60% da safra brasileira já foi comercializada, o que é um nível adiantado para os que vimos na mesma época de 2015”, diz.

Natália diz que a queda da moeda americana pode afetar as exportações, principalmente as dos segundo semestre.

O vice-diretor da faculdade de Economia da Fundação Armando Alvares Penteado (Faap), Luiz Alberto Machado, diz que se o Brasil continuar com preços pouco atrativos, a Argentina deve conquistar cada vez mais espaço nas negociações.

“Outros concorrentes ganham espaço porque conseguem oferecer preços mais favoráveis. Os Estados Unidos que está vivendo uma safra positiva passa a ser um concorrente de peso no presente momento. A médio e longo prazo, a gente tem que considerar também eventual reaparecimento da Argentina nesse cenário. Argentina tava completamente fora com o governo jogando contra, criando dificuldades para os exportadores. A notícia da ascensão do Mauricio Macri mudou o cenário. Hoje, no país vizinho, existe um otimismo que contrasta com o pessimismo que existe no Brasil”, destaca.

Diante de um cenário tão duvidoso para a economia brasileira, Machado acredita que o produtor que conseguir negociar com o dólar ainda em patamares elevados não vai se arrepender.

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