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Primeira semana de dezembro terá chuva forte no Sul e no Sudeste

Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Matopiba terão mais uma semana com pouca umidade

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Com o rompimento de um bloqueio atmosférico, uma frente fria avança do Sul para o Sudeste levando chuva mais intensa a São Paulo, interior do Rio de Janeiro e do Espírito Santo e centro e sul de Minas Gerais. Em todas as áreas, estima-se algo entre 50 e 100 milímetros de precipitação.

Além disso, continua chovendo forte na região Sul. Na quarta-feira, 2, a passagem de um sistema de baixa pressão leva chuva forte aos três estados. Na soma de sete dias, estima-se algo entre 50 e 90 milímetros em boa parte do Paraná, no leste e oeste de Santa Catarina e no noroeste do Rio Grande do Sul.

Também estão estimados entre 50 e 80 milímetros de chuva no sul de Mato Grosso do Sul. A chuva forte vai repor em pelo menos dez pontos percentuais a umidade do solo em áreas críticas como o oeste e norte do Paraná, sul de Mato Grosso do Sul e oeste de São Paulo.

Pouca chuva

Por outro lado, espera-se mais uma semana com pouca chuva no norte de Mato Grosso do Sul, oeste e norte de Goiás, boa parte de Mato Grosso e no Matopiba. A situação é mais preocupante em Mato Grosso, onde consultorias já trabalham com a hipótese de diminuição da produção de soja, especialmente de ciclo precoce instalada mais no início do período permitido.

A previsão é de diminuição da umidade do solo no centro e nordeste de Mato Grosso, Tocantins, Piauí e Bahia em pelo menos dez pontos percentuais.

Por fim, apesar da previsão de chuva forte no noroeste do Rio Grande do Sul, espera-se precipitação bem mais fraca ao longo da fronteira do estado com o Uruguai. Por isso, a umidade do solo deverá diminuir com o passar dos dias.

Temperatura

Além de tudo, a semana será quente, com temperatura até 6 °C mais elevada do que o normal no Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul. Entretanto, no sul gaúcho espera-se a madrugada de sábado mais fria, com mínima na casa de 10 °C.

Na segunda semana de dezembro, observa-se a formação de uma frente fria e um corredor de umidade da Amazônia até o Sudeste. O acumulado acima do normal atingirá o norte e leste de São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, nordeste de Mato Grosso do Sul, centro e sul de Goiás e sul de Mato Grosso. Em todas as áreas, estima-se algo entre 50 e 100 milímetros de precipitação. Por outro lado, choverá menos de 20 milímetros na maior parte do Rio Grande do Sul.

No Matopiba, a chuva vai se intensificar na segunda semana de dezembro com acumulado entre 40 e 60 milímetros.

A simulação americana CFSv2 indica uma primeira quinzena com chuva ainda mais concentrada sobre a região Sul. Na soma de 15 dias, estimam-se mais de 130 milímetros de chuva. Por outro lado, vai chover bem menos no Centro-Oeste e no Matopiba.

Na segunda quinzena de dezembro, por outro lado, a chuva forte retorna ao Sudeste e Centro-Oeste com mais de 130 milímetros. Mesmo assim, como a média histórica do Sul é mais baixa, a chuva da primeira metade do mês já será suficiente para passar a média histórica. No Sudeste e Centro-Oeste, com uma média histórica bem maior, o acumulado da segunda quinzena não será suficiente para alcançar a climatologia.

Fechamento de novembro

Novembro foi mais chuvoso no Norte e Nordeste do Brasil. O acumulado bateu na casa dos 350 milímetros no Vale do São Francisco (Bahia), oeste e sudoeste do Maranhão e norte do Tocantins.

No Amazonas e norte do Pará, choveu aproximadamente 450 mm. Já no Sul, Sudeste e Centro-Oeste, choveu menos que o normal. A umidade do solo está muito baixa no oeste do Paraná e de São Paulo, Mato Grosso do Sul e centro-sul de Mato Grosso. Em todas as áreas, há necessidade de 70 a 80 milímetros de chuva para que a água no solo alcance capacidade de campo. Já há estimativa de diminuição da safra de soja pela chuva irregular, embora as precipitações se intensifiquem a partir da semana que vem.

No Matopiba, após uma semana com tempo seco, as atividades de campo se paralisaram e a umidade do solo diminuiu. Isso ocorre sobretudo no Piauí, Maranhão, leste de Tocantins e sul do Maranhão. Nessas áreas necessita-se de aproximadamente 50 milímetros de chuva para reposição da umidade do solo. Em situação mais confortável estão Minas Gerais, Espírito Santo e o centro e leste de Goiás, com necessidade de 30 milímetros de chuva.

Por fim, na última semana do mês, as chuvas retornaram fortes ao oeste e norte do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. No oeste do Rio Grande do Sul, choveu mais de 100 milímetros, diminuindo a necessidade de irrigação complementar para o arroz.

Além disso, a chuva no noroeste do Rio Grande do Sul aliviou a estiagem observada e favoreceu o desenvolvimento da soja. Já o milho instalado no fim do inverno não deverá reverter as perdas, mesmo com o retorno da chuva.