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Agronegócio

Diretor de crédito do Mapa diz que pode fazer ajustes no Moderagro

Setor de proteína animal contesta decisão que proíbe acessar recursos para construir ou modernizar estruturas na propriedade

Ao comentar restrição do acesso do setor de proteína animal aos recursos do Moderagro, o diretor de crédito do Ministério da Agricultura, Wilson Waz de Araújo, afirma que os recursos do Plano Safra 2021/22 podem ser remanejados. O diretor buscou esclarecer a reclamação do setor de proteína animal que ficou impedido de acessar recursos do Moderagro para construir ou modernizar estruturas na propriedade.

“Agora, a preocupação nossa, que talvez a gente possa propor um ajuste, é que não se perca a dimensão do atendimento e aí foi que o limite ficou relativamente menor quando se concentrou no outro programa. Poderia ter um acesso maior aos recursos quando acessado pelos dois programas, mas nós vamos trabalhar para ajustar um pouco mais isso. Possivelmente na próxima reunião do Conselho Monetário Nacional a gente consiga melhorar um pouco isso”, disse Araújo, durante participação no programa Ligados & Integrados.

Segundo o diretor de crédito do Mapa, a pasta consegue fazer quatro remanejamentos no decorrer do Ano Safra. “Temos a possibilidade de fazer remanejamento em setembro, em dezembro, um em fevereiro/março e um no mês de junho, de maneira que a gente vai calibrando aqueles programas que têm demandas mais fortes e aqueles que a demanda não está chegando próximo ao que nós temos alocado de recursos”.

Para o presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS) Losivânio de Lorenzi, a situação precisa ser resolvida o mais rápido possível.

“Cada real investido no agronegócio ele retorna, no mínimo, cinco para a economia. Mas o investimento tem um custo mais alto e o produtor não está capitalizado para colocar tecnologias dentro da propriedade, por isso precisa destas linhas de crédito. Eu vejo que o governo, que pedia que o agro não parasse na pandemia – que ela ainda continua – e o agro fazendo com que as divisas que vem de fora são maiores pelas exportações que tem, deveria ter um entendimento diferenciado pelo nosso governo. Nós vemos que não temos isso e agora com esse corte prejudica ainda mais esse andamento destas tecnologias que precisam ter dentro da propriedade rural”, diz Lorenzi.

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