Thomas Rocco assumiu a administração da propriedade da família há cerca de dez anos. Naquela época, o negócio passava por dificuldades. Os 340 hectares da fazenda estavam divididos entre a cana-de-açúcar e a pastagem para o gado. Com a diminuição da receita, resolveu diversificar a produção.
Além do gado e da cana, Thomas começou a produzir outras culturas. Tomates, cultivado em parceria com uma indústria; milho como mais uma possibilidade de renda – a expectativa é de uma boa colheita nesta segunda safra, com média de 100 sacas por hectare e feijão carioca. Que exige muita atenção do produtor e do agrônomo.
O agrônomo Jorge Luiz Hipólito explica que o ciclo da semente é de 90 dias, por isso, é preciso estar atento. “Qualquer condição adversa que a cultura passa e principalmente na questão hídrica, reflete negativamente na produtividade da lavoura”.
A pecuária é a atividade mais tradicional da região de Araçatuba (SP). Mas, nos últimos anos, o jeito foi diversificar na propriedade. Se antes, Rocco possuía mais de 200 hectares de pasto, hoje são 100. Antes havia mais animais, porém hoje a produtividade é maior. A opção foi deixar de investir na cria e fazer a recria intensificado com ciclo produtivo menor.
É da pecuária um dos destaques da gestão da propriedade, que é a produção de capim tifton para feno. São produzidos quinze mil fardos de feno por ano e os criadores de cavalos são os principais clientes e o proprietário não se arrepende da escolha.
“Quando você compara a lucratividade por hectare, as áreas de tifton têm uma lucratividade por hectare maior que a agricultura. Hoje numa área de pivô central você vai conseguir, em média, R$ 3500 por hectare. Uma área de tifton bem manejada já chegou a deixar quase R$ 9 mil ao caixa da fazenda. Claro que é um volume menor, uma aérea menor, mas é uma relação que a diversificação traz”, Thomas Rocco conta.
Com tanta diversificação, a rotação das culturas faz parte da rotina na propriedade. Foi uma década de trabalho para conseguir uma produção diversificada. Houve muito investimento nos cuidados com o solo e em equipamentos como o pivô central que irriga boa parte da propriedade. Thomas acredita que está no caminho certo e não se arrepende de ter deixado a vida na cidade para morar no campo.
“O produtor tem que ser perseverante. Ele tem que acreditar no seu negócio. E acreditar no seu negócio é usar as melhores ferramentas de tecnologia, é buscar os melhores profissionais que possam te auxiliar. Usar as linhas certas de investimento e ter vontade. E saber aonde quer chegar”, conclui.