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Drone com câmera térmica pode revolucionar melhoramento genético

Sistema está sendo testado em lavouras de cana-de-açúcar do Distrito Federal e pode ajudar a acelerar o processo de desenvolvimento de novas variedades transgênicas

Fonte: Pixabay

A Embrapa está utilizando uma nova tecnologia que deve ajudar o setor sucroenergético, é um drone com câmera térmica acoplada, que identifica variedades de cana-de-açúcar mais resistentes à seca. Os testes estão sendo feitos há menos de um mês e medem a temperatura das copas das plantas fotografadas, para ser analisadas em laboratório posteriormente.

“Esse programa é um programa piloto. É a primeira vez que a gente consegue, realmente, acoplar essa câmera térmica a um drone e fazer ele funcionar. O princípio é basicamente o seguinte: quanto mais tolerante à seca, mais a planta consegue diminuir a temperatura de sua copa em relação à temperatura ambiente. Quanto mais suscetível ela for à seca, maior a temperatura de sua copa. Então, esses materiais que tem temperatura de copa maior, normalmente são descartados dos programas de melhoramento genético”, explica Carlos Antonio Sousa, pesquisador da Embrapa Agroenergia.

O sistema pode ajudar a acelerar o processo de desenvolvimento de novas variedades transgênicas, não só de cana, mas também de outras culturas. De acordo com o pesquisador, normalmente os experimentos são de cinco hectares, porque é muito mais fácil e mais rápido fazer uma imagem e analisar depois em laboratório, do que medir as plantas individualmente.

O engenheiro elétrico que opera o drone da Embrapa explica que a precisão da tecnologia é muito superior ao sistema tradicional.

“Você consegue capturar muito mais informação em uma quantidade de tempo menor, sem variações ambientais. A variação ambiental vai ser bem menor do que se você tivesse que levar duas, três horas para fazer o mesmo tipo de imagem. Você faz imagem de um campo inteiro em questão de minutos”, destaca o conultor Raphael Casari.

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