O número de empregados na agropecuária caiu 17,2% desde 2012, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Sete anos atrás, existiam 10,279 milhões de trabalhadores em campo. Em 2019, restavam 8,511 milhão.
O pesquisador da GVAgro Felipe Serigatti afirma que a tendência foi condicionada pela incorporação de tecnologia, como máquinas e equipamentos. “Mas não é algo contínuo, ela responde à dinâmica da economia e a anos mais favoráveis”, diz.
O especialista destaca que o agronegócio passou por mudanças estruturais. De acordo com ele, exige mais profissionalização e dá menos espaço para erro. “Está demandando empregados qualificados. Quem não tem encontra cada vez menos espaço”, afirma.
Serigatti conta que um levantamento feito pela GVAgro, em 2017, constatou-se um movimento mais intenso em polos produtores avançados, como Mato Grosso e Paraná. “Mas há algo que passa batido se analisarmos só esses números: o aumento de produtividade gerou mais renda, que dinamizou a economia das regiões, como o Matopiba. Resultado: o setor de serviço que é intensivo em mão de obra absorveu mais gente”, diz.