Mesmo com um cenário negativo nas vendas de máquinas agrícolas, tem empresa investindo para ampliar a produção, de olho na recuperação do mercado. Representantes do setor também acreditam que o momento é bom para os produtores comprarem novos equipamentos.
A crise levou a venda de máquinas agrícolas a recuar 27,5% nos primeiros sete meses do ano. Mesmo assim, a John Deere acaba de ampliar a linha de produção de sua fábrica de tratores de Montenegro, no Rio Grande do Sul. A inauguração está prevista para novembro e o investimento foi de US$ 40 milhões.
Com a expansão, modelos de alta potência – tratores voltados para a cultura de grãos, cana-de-açúcar e algodão – passam a ser produzidos no Brasil.
– Sabendo que a agricultura é uma atividade que é por ciclos, ela tem altos e baixos, estamos investindo sempre preferencialmente nos ciclos de baixa, para que quando vier o ciclo de alta, você esteja no mercado um produto consolidado e, as fábricas, preparadas para entregar o produto com alta qualidade – afirma o presidente da empresa no país, Paulo Hermann.
Representantes do setor dizem que o momento é bom para os produtores investirem em novas máquinas.
– O juro ainda está convidativo porque ele subiu um pouquinho, mas a Selic [taxa básica de juros] subiu, e o nosso ficou em 7,5%. Então, o pessoal tem que aproveitar. Está na hora de comprar máquina para melhorar as lavouras – diz o presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas do Rio Grande do Sul (Simers), Cláudio Bier.