Uma empresa em Belo Horizonte, Minas Gerais, decidiu investir na criação de insetos para a produção de ração. O projeto deu certo e agora o objetivo é fornecer o produto para a alimentação humana.
Entre os produtos fornecidos estão grilo preto, barata, tenébrio gigante e larva de mosca. A produção é feita dentro de túneis e dividida por espécie, para evitar contaminação e facilitar o manejo. O plantel é de quase uma tonelada de insetos.
A empresa produz aproximadamente 500 quilos de insetos por mês. Quase toda a produção é vendida para fábricas de rações ou produtores de aves. O preço médio varia entre R$ 150 a R$ 250 o quilo.
– No abate nós temos a seleção de matrizes, elas são encaminhadas para a área de abate onde elas são pesadas. Para evitar o sofrimento na eutanásia, nós utilizamos água fervida com adição de conservantes e colocamos os insetos dentro dessa água – explica a analista de qualidade Débora Moreira.
Após o abate, os animais passam pelo processo de desidratação, que dura de 36 a 48 horas, e deve ocorrer em temperatura próxima a 60ºC.
A empresa está no setor desde 2008 e agora quer expandir o projeto e fornecer insetos para nossa alimentação. A responsável técnica Alessandra Vitelli garante que o prato é extremamente rico em proteína.
– A carne bovina ela tem mais ou menos 23%, 24% de proteína bruta e o tenébrio ele tem no mínimo 43% proteína bruta, as baratas chegam 60% ou 65% de proteína bruta, então a fonte de proteína é muito melhor – afirma.
Apesar da intenção da empresa, o produto ainda não está à venda para uso comercial.
– No Brasil nós ainda não temos uma legislação que permite consumo para humanos ainda. Nós estamos aguardando a legislação para realizarmos as vendas para humanos – explica Alessandra.