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Empresários estão de olho no mercado de máquinas da África

Continente tem maior potencial de desenvolvimento agrícola do mundo, o que gera interesse dos empresários 

Fonte: Divulgação/Valtra

As exportações brasileiras registraram crescimento de 130% nos últimos dez anos e estudos indicam que o comércio pode crescer ainda mais, com destaque para o segmento de máquinas e implementos agrícolas.

No ano passado, o setor de equipamentos e insumos exportou US$ 198 milhões em produtos, com 11% dessa receita vindo do continente africano. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a África apresenta o maior potencial de desenvolvimento agrícola do mundo, o que está levando o empresariado brasileiro a se esforçar para conquistar ainda mais esse mercado.

Neste sentido, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) apoiou, em São Paulo, a Feafro, uma rodada de negócios entre 130 empresas brasileiras e 30 compradores africanos de 24 países, principalmente da Costa Oeste.

O coordenador de negócios Wagner da Silva veio de Indaiatuba, interior paulista, para apresentar a linha de tratores e implementos agrícolas.

– Nós temos tentado conhecer o mercado, as aplicações agrícolas na África, desenvolver concessionários locais e, com isso, expandir, porque a ideia é suprir um pouco uma demanda do mercado interno, complementando com o mercado africano, que é muito interessante pra nossa empresa. Nós buscamos abrir o mercado em uns 15%, focar em alguns países principais e aí começar um trabalho mais centralizado – disse.

Segundo o analista de inteligência comercial Ulisses Pimenta, a desvalorização do real frente ao dólar permitirá ampliar o comércio com a África.

– Tudo que a gente vende para a África, cerca de 60% é bebidas, alimentos, bebidas e agronegócio, cerca de 16% máquinas e equipamentos. O que ocorre é que agora, com a melhor condição de câmbio, nós podemos ampliar significativamente os negócios com relação a máquinas e equipamentos e, ao mesmo tempo, os países africanos, eles tem tido um grande crescimento. E com a queda do preço do petróleo, os países que são mais dependentes de petróleo, eles precisam diversificar suas economias  e, para isso, a agricultura é a grande solução – afirmou. 

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