O Brasil está prestes a aprovar a importação de uma nova variedade de trigo transgênico da Argentina. Autoridades sanitárias alimentares argentinas aprovaram a comercialização dessa cultura, mas o início efetivo das vendas vai depender do aval do Brasil, maior importador do trigo argentino.
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Apesar do avanço das negociações entre os dois países, a Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo) se posicionou de forma contrária ao uso dessa fonte alternativa de geração de alimentos. Segundo o presidente-executivo da entidade, outras associações ligadas à produção de pães, bolachas e outros derivados do trigo também são contrárias à importação.
“Até o momento, não temos nenhuma pesquisa que aponte o comportamento da população sobre o consumo do trigo transgênico e nós sabemos que há uma resistência muito grande quando se fala em produtos com essas características. O trigo, diferente da soja e do milho, é consumido por pessoas e não por animais”, pondera Rubens Barbosa.
Segundo o dirigente, 85% dos associados são contrários à compra do produto transgênico argentino. “A grande maioria dos nossos associados já nos comunicaram que se o governo autorizar importação do trigo ou da farinha eles vão procurar outros fornecedores”, diz o presidente da Abitrigo.