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Escolas incentivam alunos a trabalharem no campo

Estudantes aprendem na prática como cuidar de plantações e começam a enxergar oportunidades na zona rural

Fonte: Canal Rural

Após anos migrando para área urbana em busca de melhores alternativas, jovens da zona rural agora querem continuar no campo e novos métodos de ensino possibilitam que essa seja uma alternativa viável e produtiva. Após verem exemplos de familiares que não obtiveram sucesso nas grandes cidades, alunos começam a planejar um futuro na agricultura.

“Meu irmão foi para São Paulo quando eu comecei o primeiro ano (do Ensino Médio). Mas lá não deu certo e ele precisou voltar, isso já é uma lição de vida para mim”, conta o estudante Lázaro dos Santos Santana, que quer continuar no campo para trabalhar com a família.

Escolas como a unidade demonstrativa da Casa Familiar Rural, localizada no município de Igrapiúna, na Bahia, atende filhos de agricultores da região. Porém, o diferencial dela é que o Ensino Médio é realizado em conjunto com o técnico agrícola, unindo a teoria ao dia a dia na área rural. 

O diretor da Casa Familiar Rural de Presidente Tancredo Neves, Quionei Araújo, explica que os alunos podem aplicar os ensinamentos de trigonometria para calcular as áreas e saber quantas plantas poderão ser cultivadas no local ou quanto de fertilizante poderá ser usado. A escola utiliza a pedagogia da alternância, em que os alunos estudam por uma semana e nas próximas duas colocam a matéria em prática. Por meio de conversas com os pais, eles conseguem até decidir  o que será feito na lavoura.

O método é aprovado pela agricultora e mãe Maria do Carmo Silva Santos. Ela acredita que o filho terá mais oportunidades no futuro. “Agora ele nos ensina a lidar melhor com a roça, fica mais fácil para a gente”.

Cooperativas

As cooperativas também têm um papel importante para ampliar o acesso ao conhecimento. Necildo Silva dos Santos é assistente educador da Cooperativa dos Produtores Rurais de Presidente Tancredo Neves (Coopatan) e visita as propriedades para orientar os agricultores. “Antes os cachos de banana eram em média de 12 a 15 quilos, mas hoje já passam dos 30 kg, ou seja, mais dinheiro no bolso. E isso ocorreu principalmente depois que começamos a vender os nossos produtos junto com a cooperativa”, afirmou o produtor rural Leandro de Souza. 

Edenalva Santana de Lim, presidente da Coopatan, diz sentir orgulho ao “ver um jovem com 18 anos já sendo dono do próprio negócio”. De acordo com Lim, a renda desses produtores pode chegar a R$ 3 mil por mês, um avanço se comparado às gerações passadas, “que nem tinham R$ 200 na idade deles”, como aponta a presidente.

“É interessante que este jovem, ao concluir a formação, também tenha oportunidade de expressar o seu potencial”, ressalta Robson Gomes Kisaki, diretor da Casa Familar Rural de Igrapiúna. Ele afirma que as cooperativas agroindustriais são uma saída para o recém-formado, pois “são os locais em que vai haver de fato a geração de trabalho e renda, onde eles poderão se realizar na atividade agrícola”, finaliza.

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