O Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Alimentar da Argentina informou, no final de semana, que a nuvem de gafanhotos, que estava na Província de Corrientes, se movimentou em direção ao sul do Departamento de Curuzú Cuatiá, rumo ao Departamento de Sauce. Neste domingo, a nuvem se deslocou mais 51 quilômetros para o Sul e está a 3 quilômetros de San José de Feliciano, na Província de Entre Rios.
Segundo ele, as ações no Brasil são de vigilância constante. “Também estamos fazendo levantamento dos impactos possíveis se essa nuvem ingressar e as medidas que devem ser tomadas de maneira rápida, já que a nuvem se movimenta rapidamente. (…) Caso isso ocorra, estamos preparados com um plano de emergência implementados para atuar no caso de um surto de gafanhotos aqui no estado”.
Segundo e, a nuvem está, agora, a 112 km da cidade gaúcha de Barra do Quaraí. Os fiscais agropecuários esperam contar com a ajuda dos ventos e a entrada de uma nova frente fria, no Estado, para afastar os gafanhotos do Rio Grande do Sul.“Até quarta-feira, a nuvem deve seguir se deslocando ao sul por causa do vento que predomina na região e temperatura elevada. Pelo menos nesses dias não há risco do ingresso dessas nuvens no Rio Grande do Sul”, disse o fiscal agropecuário Juliano Ritter, que acompanha a nuvem de gafanhotos na fronteira brasileira.
Em relação às notícias sobre uma possível chegada da nuvem ao Brasil ainda nesta semana devido ao aumento da temperatura, o Ministério da Agricultura esclareceu em nota oficial que este é um fator que não pode ser considerado de forma isolada. Até o momento, seguem mantidas as previsões de que os insetos continuarão se movimentando rumo ao sul, sem previsão de ocorrência de um conjunto de alterações climáticas, como temperatura x umidade x direção/velocidade dos ventos, que favoreça sua entrada no Brasil.
“A equipe técnica do Mapa em Brasília se mantém em alerta juntamente com as Superintendências Federais de Agricultura (SFAs) e os Órgãos Estaduais de Defesa Agropecuária em ambos os estados e em permanente contato com o Senasa para o monitoramento do deslocamento da nuvem de gafanhotos e a preparação de medidas de controle de forma tempestiva, se for necessário.”, disse a entidade.