O Brasil, quinto maior produtor de metano do planeta, assinou um compromisso global para reduzir as emissões de gás em 30% até 2030. O compromisso serviu para melhorar a imagem do país no exterior, já que os avanços brasileiros têm sido pouco reconhecidos pela comunidade internacional e por alas políticas e empresariais internas.
A sócia da Think Brasil Silvia Fagnani analisa que o Brasil vem tentando melhorar a sua reputação ambiental. Ela cita que o país não chega a ser um poluidor do calibre dos três maiores do globo (China, Rússia e Índia) quando se fala de metano. “Esses três primeiros não têm feito nenhum esforço para diminuir a questão da crise ambiental. E o Brasil, mesmo mostrando essa boa vontade, acaba sendo o vilão da história’.
Como a Amazônia é objeto da grande preocupação de toda a comunidade internacional e onde está concentrada a maior biodiversidade do planeta, comenta que as queimadas nessa região produz mais gás carbônico que ela suporta.
“O Brasil assinou esse compromisso, que é global e deve trazer sim um pouco de melhora da nossa imagem”, afirma Fagnani.
Medidas
A analista acha viável o Brasil avançar na redução do gás metano e o separa em dois fatores: desmatamento e pecuária. “As grandes empresas de pecuária já têm o compromisso de reduzir até 2040. Com isso elas têm várias tecnologias para cumprir essa meta. No médio e longo prazo, se o Brasil investir nisso, vai colher os benefícios e vamos ter uma pecuária de ponta e altamente ambientalmente amigável”, complementa.
Participação do Brasil na COP
Na opinião da Silvia Fagnani, o que falta para o país mudar a reputação é começar pelo estande oficial, onde o governo traz essa questão da biodiversidade. “Todas as iniciativas privadas vão no mesmo sentido do governo, que é de reduzir as emissões e ser sustentáveis, porque não estamos todos juntos. A minha visão é que a iniciativa privada tem tentado se descolar do governo”, afirma.
“Estava na hora de se juntar para passar uma imagem de que o país preserva e que precisa assumir os compromissos para um futuro mais sustentável”, afirma a sócia da Think Brasil.