Após a divulgação de uma informação que associa o consumo de arroz à incidência de câncer, devido a um suposto elevado teor de arsênio, entidades ligadas ao setor pedem a intervenção do Ministério da Agricultura (Mapa) para evitar prejuízos. Representantes dos produtores temem que isso faça cair o consumo de arroz no Brasil ou até mesmo cause recisão de contratos.
Pesquisas recentes realmente comprovaram a existência da substância tóxica no arroz produzido na Ásia e nos Estados Unidos. A notícia, entretanto, provocou impacto também no Brasil. O país, que é um importante produtor e exportador, faz testes todos os anos para verificar a qualidade do grão, através do Ministério da Agricultura e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
De acordo com o presidente da Câmara Nacional do Arroz, Daire Coutinho, nenhuma amostra de arroz vendido no Brasil nos últimos dois anos teve qualquer problema de qualidade ou registro de resíduos químicos ou de metais pesados. “Temos tranquilidade em dizer à população que o arroz produzido no Brasil tem condições normais de consumo, como sempre teve”, diz.