O aumento da mistura do etanol na gasolina boliviana para 10% deve favorecer as empresas de máquinas agrícolas brasileiras. Segundo o presidente Usina Aguaí, Cristóbal Roda Vaca, muitos agricultores do país utilizam os equipamentos fabricados no Brasil e a demanda por estes equipamentos podem ter um grande incremento.
“Não somente na parte industrial, mas também no campo agrícola. Se analisarmos os cultivos, as colhedoras, as plantadeiras, todas são de origem brasileira. Isto é possível pela proximidade que temos com o Brasil, de estar sempre seguindo o nível tecnológico brasileiro”, explica Cristóbal.
A recente decisão do presidente do país andino, Evo Morales, deu uma nova perspectiva de negócios na Bolívia. A mistura, que começa a partir de agosto, deve gerar uma comercialização de 80 milhões de litros de etanol no primeiro ano.
Além da redução da importação de gasolina, estima-se que a demanda por milho e sorgo do país aumente e o número de usinas e área plantada dobre. “Nós vamos ser o último país na América Latina a introduzir os biocombustíveis. Mas não importa ser o último, o importante é fazer isto bem feito”, diz o presidente da usina.