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EUA: alta nos juros deve alterar mercado de grãos

Cotações das commodities agrícolas no exterior e câmbio costumam sofrer influência da decisão do Fed, banco central americano

Fonte: Seagro-TO/divulgação

Os juros nos Estados Unidos subiram pela primeira vez no ano e no apagar das luzes de 2016. A decisão do Fed (Federal Reserve), equivalente ao Banco Central dos norte-americanos, vai pagar mais pelos títulos do tesouro – saindo de 0,5% ao ano para 0,75%. O efeito imediato dessa decisão é de valorização do dólar e tendência de queda para as cotações de soja, milho e café.

Por quê? O Fed aumentou a remuneração por títulos do tesouro, com isso o investidor vê a chance de ganhar mais em um papel confiável de uma economia sólida como a dos EUA. O que muda? O dinheiro empregado em commodities tende a cair nesses momentos. Os fundos de investimentos trocam o “sobe e desce” desses produtos para uma remuneração segura.

Como a decisão ocorreu próxima ao fechamento dos principais mercados, ainda não vimos os efeitos do aumento nos juros dos EUA no pregão desta quarta-feira, dia 14. O produtor deve monitorar o mercado a partir desta quinta, dia 15. No caso da soja, uma possível perda em Chicago pode ser compensada pela alta do dólar. Em um primeiro momento, a decisão do Fed pode não ser de todo mal para o agricultor.
 
No mercado cambial, o dólar encerrou a quarta-feira próximo da cotação máxima do dia: R$ 3,362, alta de 1,09%. O índice Bovespa, termômetro do investidor no país, fechou na mínima do dia: queda de 1,80%, aos 58.212 pontos.
 
Soja
 
O mercado brasileiro de soja teve mais um dia de poucos negócios, sem a movimentação de volumes relevantes, informa a consultoria Safras & Mercado. Chicago e dólar apresentaram muita volatilidade e prejudicaram os negócios.
 
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quarta-feira em baixa. O mercado segue pressionado pela expectativa de grande oferta mundial da oleaginosa.
 
Soja na Bolsa de Chicago (CBOT) (US$ por bushel)
Janeiro/17: 10,23 (-4,25 centavos)
Março/17: 10,34 (-5,00 centavos)
 
Soja no mercado físico (R$ por saca de 60 kg)
Passo Fundo (RS): 76,50
Cascavel (PR): 74,00
Rondonópolis (MT): 68,50
Dourados (MS): 71,50
Porto de Paranaguá (PR): 79,00
Porto de Rio Grande (RS): 79,00
 
Milho
 

O mercado brasileiro de milho teve uma quarta-feira de fraca movimentação com estabilidade. A Safras acredita em uma retomada mais forte nos negócios somente em janeiro. No exterior, a Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou em alta. O mercado esteve cauteloso ao longo do dia, à espera da definição da taxa de juros nos Estados Unidos. Após o anúncio do Federal Reserve, parte do mercado aproveitou para realizar lucros.
 
Milho na Bolsa de Chicago (CBOT) (US$ por bushel)
Março/17: 16: 3,62 (+1,00 centavos)
Maio/17: 3,68 (+0,75 centavos)
 
Milho no mercado físico (R$ por saca de 60 kg)
Rio Grande do Sul: 42,00
Paraná: 35,00
Campinas (SP): 40,00
Mato Grosso: 27,00
Porto de Santos (SP): 32,50
Porto de Paranaguá (PR): 32,50
 
Café 
 
O mercado físico brasileiro de café teve uma quarta-feira de preços pouco alterados. O dia foi bem calmo na comercialização. O comprador até esteve mais ativo. A alta do arábica em Nova York e do robusta em Londres deu sustentação, mas sem força para mudar as referências no país.
 
Café arábica em Nova York (centavos por libra-peso)
Março/17: 144,15 (+1,30 pontos)
Maio/17: 146,40 (+1,30 pontos)
 
Café conilon (robusta) em Londres (US$ por tonelada)
Janeiro/17: 2065,00 (+12,00 dólares)
Março/17: 2053,00 (+7,00 dólares)
 
Café no mercado físico (R$ por saca de 60 kg)
Arábica/bebida boa – Sul de MG: 515-520
Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: 520-525
Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: 465-470
Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): 485-490

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