A venda de 1,7 milhão toneladas de milho e 129 mil toneladas de soja da safra 20/21 dos EUA para a China nesta terça, 14, foi o maior volume de compra diária de milho entre os dois países dos últimos vinte e seis anos segundo o USDA. de acordo com consultorias chinesas, com a chegada destes embarques de grãos à China, os estoques de soja já alcançam 5,63 milhões de toneladas nas regiões costeiras e são pelo menos 30% maiores que no mesmo período do ano passado.
Para o José Carlos Hausknecht, sócio-diretor da MB Agro, o volume não é comum, principalmente pelo o momento que o mundo vive. “A China não é um grande importador de milho. É o segundo maior produtor de mundo de milho do mundo, e importava antes da pandemia e da peste suína, em torno de 4 ou 5 milhões de toneladas por ano. Isso espanta um pouco, porque é uma importação perto do que ela importa normalmente e é significativa. Para o Brasil, não tem um grande efeito, pois teremos que acompanhar se ela continua a importar grandes volumes a partir de agora”, disse.
Segundo ele, essa movimentação pode, em termos especulativos, elevar o preço no mercado mundial. “Acho que a China está devendo para os EUA por causa da fase 1 do acordo comercial. Está muito aquém do que eles deveriam cumprir. Talvez essa seja uma maneira de agradar os americanos e mostrar que tem intenção de aumentar as exportações”, disse.