O Brasil fechou 15 acordos comerciais com a Índia no sábado, 25. De acordo com o analista de mercado Vlamir Brandalizze, agora resta o trâmite burocrático com o país asiático e com o Mercosul. “Em 90 dias deve ser liberado, não atrapalha em nada a relação do Brasil com o bloco”, afirma.
O especialista acredita que as exportações devem começar em poucos meses, a exemplo da abertura do mercado mexicano, em 2019, que foi sentida rapidamente. “Em alguns meses já teremos um cenário melhor de comercialização, porque é um país com uma população muito grande, que precisa de alimentos”, diz.
Segundo Brandalizze, o potencial de negócios é enorme, principalmente para o feijão. “A Índia é a maior consumidora e importadora do mundo. Há potencial de até 10 milhões de toneladas ao ano”.
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O analista destaca que esse movimento pode aumentar a produção brasileira de feijão, grão-de-bico e culturas semelhantes. “Seria uma alternativa para produtores brasileiros na sequência da soja”, diz.
Brandalizze afirma que as exportações de carne de frango também devem aumentar. O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, integrou a comitiva do Brasil na Índia e diz que o balanço da viagem foi bastante positivo. “Consolidamos contatos e fizemos uma sensibilização muito positiva das possibilidades de negócio. Agora, vamos aguardar os desdobramentos. O balanço é positivo, porque se trata de um país que precisa de carne”, afirma, em vídeo enviado ao Canal Rural.