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Fabricantes apostam em máquinas agrícolas mais econômicas para aquecer vendas

Fabricantes de tratores e colheitadeiras estão investindo em modelos que possibilitem menor consumo de combustível

Fonte: Massey Ferguson/divulgação

As vendas de máquinas agrícolas e rodoviárias caíram mais de 25% nos sete primeiros meses do ano, em comparação com o mesmo período do ano passado. Para tentar reverter o resultado ruim, as empresas fabricantes de tratores e colheitadeiras investem em máquinas agrícolas mais econômicas para aquecer vendas.

Para manter e conquistar novos clientes, a indústria do setor aposta em modelos que possibilitam menor consumo de combustível. De acordo com o coordenador de marketing da área de tratores da Massey Ferguson, Éder Pinheiro, esse é um dos insumos mais caros da agricultura na atualidade. “Quando a gente desenvolve uma máquina, busca que ela tenha baixo consumo, alta eficiência e, juntamente com isso, conforto operacional”, afirma.

O presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas no Rio Grande do Sul (Simers), Cláudio Biers, acredita no reaquecimento das vendas do setor ainda este ano. Ele afirma que o desempenho no estado ficou 30% abaixo do mesmo período de 2015. 

“Nós tivemos uma queda aí de 30%, então “Foi uma queda bem alta. Mas eu tenho esperança que no segundo semestre a gente venha a conseguir chegar aí num ‘zero a zero’ ou até um pouquinho na frente do ano passado”, diz Biers.

Clima e burocracia

A queda na comercialização de máquinas é atribuída à crise que afeta o setor desde o ano passado. Também colaboraram para o baixo desempenho das vendas fatores climáticos em importantes polos do agronegócio, como a falta de chuva no Cerrado e o excesso na Região Sul. 

Os preços das commodities e o cenário político também teriam contribuído para esse cenário, de acordo com o diretor nacional de vendas da Massey Ferguson, Rodrigo Junqueira. A empresa registrou 20% de recuo nas vendas em praticamente todas as categorias de produtos fabricados.

Diego Martins Fogiatto, produtor de arroz no Rio Grande do Sul, diz que o excesso de chuvas trazido pelo El Niño o deixou descapitalizado. Ainda assim, ele tenta não deixar de investir em tecnologia, pois acredita que, sem investir, não há retorno. “A gente vai procurando tirar de um lado e do outro para se adequar e conseguir adquirir colheitadeiras e máquinas”.

Ele também afirma que a burocracia na hora de obter financiamentos é um gargalo para a aquisição dos equipamentos. “Hoje em dia, para tirar uma máquina, te pedem milhares de papéis, procuram dificultar muito, e isso impede que a gente invista na tecnologia que vai proporcionar melhor uma colheita”, sentencia Fogiatto.

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