Santa Catarina, quarto maior produtor de leite do país, vem perdendo produtores anualmente devido ao encarecimento da produção e à falta de rentabilidade. Segundo dados do último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 1.500 produtores estão abandonando a atividade a cada ano. A cadeia produtiva que já contemplou 70 mil produtores, atualmente, reduziu-se a 33 mil.
Pensando nisso, a Federação de Agricultura de Santa Catarina (Faesc) defende medidas para tornar o setor mais competitivo e alcançar os mesmos patamares de produção dos setores de aves e suínos. Entre as condições desejadas, estão a igualdade tributária e a melhor organização da cadeia.
O vice-presidente da Faesc, Enori Barbieri, afirma que o maior problema é que cadeia não é organizada. “Precisamos diminuir os custos, principalmente no recolhimento do leite. Delimitar áreas por indústria e igualar as questões tributárias”, afirma.
A federação, através do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), tem mais de 5.000 produtores em um programa de assistência gerencial, trazendo ótimos resultados para a produtividade e custo de produção. “Estamos dando aos produtores uma condução de profissionalização para que possam produzir dentro das condições técnicas de economia”, conta Barbieri.