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Falta alcachofra na principal região produtora do país

Em Piedade, no interior paulista, agricultores tiveram que substituir parte da cultura por outros plantios por problemas nas mudas

Fonte: Pixabay/divulgação

Agricultores do município de Piedade (SP) e arredores, a principal região produtora de alcachofra no Brasil, tiveram que reduzir a área de plantio da flor em função do clima. O excesso de chuvas no início do ano causou perdas nos plantios, o que vai baixar a oferta até o fim do ano e deve manter os preços elevados.

George Osako, que vide da atividade há 50 anos, por exemplo, foi obrigado a abandonar em torno de 4 hectares em razão da morte de mudas. O problema começou no ano passado, na época de formação dos brotos. Com o excesso de umidade, os brotos surgiram fracos, um problema que se agravou nos meses posteriores, com mais chuvas e ocorrência de doenças, lembra o engenheiro agrônomo Francisco Paim .

“Houve, no mínimo, uns 50% de redução de área plantada. A colheita vai ser muito irregular, não vai ser homogênea”, diz ele.

A produtora rural Ana Lidia Ortnann calcula que deixou de cultivar em cerca de 60% ou 70% do que é costumeiro. Essa área foi semeada com milho, numa tentativa de recuperar o prejuízo causado pelas chuvas nas mudas de alcachofra. Além disso, houve também atraso na produção, retardando a colheita. A produtora utiliza as alcachofras para fazer conservas, pasta e até lasanha, vendidas em uma loja própria.

A redução do número de plantas, comum a muitas propriedades da região, fez os preços saltarem em plena safra. Uma caixa com cerca de 10 unidades da flor é vendida por Osako a R$ 60. Na temporada passada, lembra o produtor, a mesma quantidade era comercializada por metade do preço.

E há perspectivas de mais aumentos. “O preço nesta semana acho que vai chegar a R$ 80 a caixa, mas talvez a comercialização seja fraca. Vai ser um mercado com tendência de alta, e o consumidor vai estar retraído por causa do preço”, diz o agrônomo Paim.

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