A cotação da soja na Bolsa de Chicago atingiu o maior patamar dos últimos quatro anos. De acordo com analistas de mercado, o principal motivo é a oferta mundial reduzida. No Brasil, a falta de matéria-prima prejudica a retomada da indústria, principalmente a de proteína animal.
Diante desse cenário, o analista de mercado da Terra Agronegócio Enio Fernandes, diz que as indústrias produtoras de carne precisam atuar melhor no quesito gestão de risco. “Assim como a soja, o milho está virando um produto de muito destaque no exterior, com isso as vendas antecipadas crescem. Para se proteger, a indústria precisa trabalhar com ferramentas de risco, fazendo contratos futuros ou a termo”, recomenda.
Com a entrada da nova safra de soja a partir de fevereiro, Fernandes diz que os preços devem perder força. Por outro lado, para o milho, o cenário é mais preocupante, segundo ele. “Diante dos problemas com o clima no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, que representam metade da safra de verão do Brasil, uma maior oferta deve ser observada apenas em junho. Isso reforça a preocupação com medidas que quantifiquem os riscos para o setor de proteína animal”, complementa o analista.