As empresas de agroquímicos querem mais agilidade para a liberação de novos produtos no mercado brasileiro. Para a Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef) são necessários, em média, sete anos para a aprovação de uma molécula e o ideal seria o prazo de no máximo dois anos para a aprovação de produtos.
“A morosidade de acesso à tecnologia faz com que o produtor fique usando produtos anteriores por tanto tempo que eles acabam perdendo a eficiência. Com essa lentidão, quando o produto novo entra no mercado, o antigo já não tem mais performance”, disse o presidente do Conselho Diretor da Andef, Eduardo Leduc.
O governo rebate que o tempo de aprovação dos produtos caiu para cinco anos, mas a Defesa Vegetal do Ministério da Agricultura enfrenta o corte de recursos que pode prejudicar o trabalho do órgão. “Foi contingenciado e nós tentamos na medida do possível evitar prejuízos, mas sempre existe esta condição. Calculamos algo em torno de 30% a 50%, o que é muita coisa”, disse o secretário de Defesa Agropecuária Substituto do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Jorge Caetano Junior.
A defesa vegetal foi o tema de um fórum realizado nesta quarta-feira, 21, em São Paulo. Para os especialistas, a tendência é o uso de várias tecnologias ao mesmo tempo para o combate às pragas nas lavouras. “Não existe uma solução milagrosa, mas elas vão vir de tecnologias integradas. Há necessidade de você utilizar todas as ferramentas disponíveis para o agricultor, para que você consiga aumentar os índices de produtividade com segurança”, disse o gerente de Inovação e Sustentabilidade da Andef, Roberto Sant’anna.