As oliveiras começaram a fazer parte do cenário da Serra Gaúcha, onde o plantio de uva é tradicional. De acordo com o produtor João Batista, pensando no complexo turístico montado pela família, em Gramado (RS), a ideia era diversificar. “Como nós teremos restaurante e bar, pensamos em harmonizar o nosso azeite com os pratos servidos”, diz.
Batista explica que plantar oliveiras no solo da região deu trabalho e a busca por informação técnica foi fundamental. “Nós tínhamos pinus, com uma acidez bastante elevada. Através de estudos de solos, fomos corrigindo com nutrientes para atingir os índices necessários”, afirma. Foram investidos R$ 10 mil.
A primeira colheita acontece a partir de março, segundo Batista, e as seis variedades plantadas ao longo do parque servem para consumo e também para confecção de azeite e produtos cosméticos.
“Dentro da propriedade, o pessoal vai fazer um passeio dentro de micro-ônibus e terão todas essas informações. Eles vão visitar o olival e, na época de colheita, poderão colher as azeitonas e fazer o próprio azeite”, diz.
Cultura conquistando o estado
Entre 2006 e 2018, o cultivo passou de 80 hectares para quatro mil hectares, diz o coordenador da Câmara Setorial das Oliveiras da Secretaria de Agricultura do Rio Grande do Sul, Paulo Lipp.
“A maioria das áreas está na metade sul do estado, na fronteira, na região da serra do sudeste, na depressão central e também na costa doce”, conta. Ele afirma que em 2019 devem ser inauguradas mais duas indústrias de azeite.