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RS: faturamento das cooperativas cresce 7% em 2017

O crescimento é menor que a média dos últimos anos, mas apesar disso o setor considera o resultado positivo

Fonte: Pixabay

Mesmo com a crise econômica, cooperativas agropecuárias do Rio Grande do Sul aumentaram o faturamento em 2017. Os resultados líquidos devem ser superiores a R$ 410 milhões, ficando 7% acima do que foi alcançado ano passado. O crescimento é menor que a média dos últimos anos, segundo a Federação das Cooperativas Agropecuária do estado (Fecoagro), que apesar disso considera o resultado positivo.

“Esses números traduzem a capacidade e a competência de organização das cooperativas, para proteger os seus quadros de cooperados, resistindo diante de alta dificuldade como que estamos vivendo nesse momento”, afirma o diretor-executivo da entidade, Sérgio Feltraco.

A dificuldade ficou por conta do escoamento da safra. 2017 foi o ano com o maior estoque de passagem: mais de três milhões de toneladas. As quedas nos preços da soja e do milho, em 15% e 40%, respectivamente, não motivaram o produtor a vender.

Feltraco explica que esse cenário é preocupante, mas o estado tem boa capacidade estática de estocagem. “O que vai fazer o produtor liquidar esses estoques é a sua necessidade de enfrentar o endividamento, que teve crescimento nos últimos anos e que ele não vai deixar de honrar”, explica.

Desafio

No Rio Grande do sul, a área ocupada com o trigo diminui em cem mil hectares a cada safra. Junto com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), as cooperativas querem desenvolver um cereal altamente produtivo, com menor custo de produção e voltado aos mercados africano e asiático, que costumam remunerar bem o produto.

O presidente da Fecoagro, Paulo Pires, explica que está sendo desenvolvido um trigo mais racional em questão de insumos, o que diminuiria os custos. Segundo ele, é “uma pesquisa não tão direcionada a essa característica de trigo pão, que nós tem 14 ou 15 itens que o trigo tem que ter”.

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