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Rural Notícias

Fazenda de leite aumenta produtividade em 150% em dois anos

De acordo com proprietária, serviço de assistência técnica foi fundamental para o salto de produção, e a receita cresceu mais de 250%

A pecuarista Glaucia Zanetti começou a produzir leite em 2017, em Coronel Freitas (SC). Com ajuda a Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), promovida pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Santa Catarina (Senar-SC), a produtividade média das vacas cresceu mais de 150% em dois anos, saltando de 119 para 299 litros por dia.

“Procuramos sempre ter um controle do rebanho. Apesar do salto grande, focamos na qualidade, no manejo dos animais. Rastreamos cada um e montamos uma dieta individual”, comenta Glaucia.

O trabalho da família Zanetti foi reconhecido pela indústria de lácteos Piracanjuba, de Maravilha (SC). Eles competiram com mais de 3,3 mil produtores do Sul e venceram o prêmio de qualidade leiteira. Para isso, cumpriram os seguintes requisitos: maior teor de gordura e de proteína do leite, menor Contagem Bacteriana Total (CBT), menor Contagem de Células Somáticas (CCS) e fornecimento de leite no período mínimo de 12 meses.

“Quando iniciamos o programa [ATeG], eu não sabia o que era a CCS. Então, o técnico nos ensinou a monitorar. Todos os meses coletamos e enviamos o leite para a análise. Quando o resultado é alto, destinamos esse leite para os bezerros e após três meses refazemos o teste nesse animal. Esse é um exemplo do nosso aprendizado no programa”, explica Glaucia.

Ano a ano

Para avaliar os resultados da assistência técnica foi diagnosticada a média de produção de leite, que no primeiro período foi de 119,25 litros/dia, somando 3.627,25 litros/mês. No segundo período (2017/2018), esses indicadores elevaram 46,17%. A produção média de leite passou a ser 174,31 litros/dia. A receita desse estabelecimento rural aumentou 256,78% nesse período.

De acordo com o técnico da ATeG, para obter esses resultados foram aplicadas metodologias para a melhoria no manejo, na nutrição animal, na temperatura da água, na sanitização e na higienização dos equipamentos de ordenha, considerando o uso de detergentes e de papel toalha.

“O crescimento atingido no primeiro período foi fundamental para que pudesse ser realizado um novo diagnóstico, visando resultados ainda mais eficientes. As técnicas desenvolvidas sucederam na valorização do produto e do preço pago para a família”, ressalta o técnico Willian Maurício Radavelli, que atende a família.

No período de 2019/2020, quando foi aplicado novamente a metodologia, o acréscimo da média de produção de leite foi de 71,97%, em comparação dos resultados apresentados no segundo semestre da primeira etapa da assistência técnica e gerencial, representando 299,75 litros/dia.

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