Com a alta de 21% nos preços do trigo, o produtor do Rio Grande do Sul vai conseguir reduzir os prejuízos com os custos de produção. A avaliação é da Federação das Cooperativas Agropecuárias do estado (Fecoagro). A entidade divulgou o primeiro levantamento dos custos da lavoura para o período e o custo total do cereal deve subir 4,19% em relação à safra passada.
Segundo o presidente da entidade, Paulo Pires, o cenário é positivo para quem quer investir nessa cultura de inverno. “O trigo é uma cultura importante para o Rio Grande do Sul, mas poucas vezes temos oportunidade para rentabilizar. Ela é uma cultura bastante cara e os preços pagos ao produtor sempre ficam abaixo do esperado”, disse.
Segundo ele, o produtor não costuma acreditar no trigo, mas o cenário para 2020 é diferente. “Baseado nessa rentabilidade prevista para ser a melhor dos últimos 20 anos, o produtor acreditou nisso e no nosso entender nós vamos ter um aumento significativo da área produtora de trigo no Rio Grande do Sul no ano de 2020”.
Como o estado teve um grande prejuízo na safra de verão por causa da estiagem, o inverno pode ser a esperança para muitos agricultores conseguirem renda. “O produtor precisa desse recurso, do dinheiro, e a cultura mais rápida para se fazer dinheiro neste momento é o trigo. O clima está ajudando o produtor do Rio Grande do Sul agora e eles vão plantar nos próximos dias, dentro da época preferencial de plantio, que começou no dia 15 de maio”, completou.