Mais de seis mil animais, vindos de 30 municípios gaúchos, representam a ovinocultura do estado. O rebanho é o maior do país, 4,2 milhões de cabeças, e também se difere pela dupla aptidão. A maioria das raças produz lã e carne, que é cada vez mais apreciada. Mas os números de consumo ainda estão abaixo do esperado.
O Brasil consome entre 84 e 88 mil toneladas de carne ovina por ano, o que representa menos de 400 gramas por pessoa/ano. Para completar, 8% da carne consumida aqui é importada, principalmente do Uruguai. Aumentar ainda mais o rebanho, para atender o mercado nacional, está entre os desafios do setor.
– Nosso foco é termos um rebanho que possa atender a necessidade de consumo do Brasil, de olho no mercado internacional. Somos são grandes exportadores em todas as carnes no Brasil, mas na ovinocultura somos importadores. Pela qualidade do nosso campo, temos muitas condições de aumentar nosso rebanho – avalia o presidente da Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (Arco), Paulo Schwab.
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O novo secretário da Agricultura do Rio Grande do Sul, Ernani Polo, visitou a Feovelha e disse que o atual governo deve continuar com os incentivos ao setor, como os programas de linhas de crédito.
– Fomentamos a atividade através do Fundovinos e de programas que estimulem o aumento da produção da ovinocultura aqui no Rio Grande do Sul. Queremos fazer com que esse setor cresça cada vez mais, gerando emprego, renda e, consequentemente, contribuindo com a economia do nosso Estado – afirma Polo.
A Feovelha é considerada o maior evento do setor no Brasil. Os julgamentos, que reúnem mais de 500 animais nesta edição, evidenciam o melhoramento do material genético, como confirma o jurado uruguaio Andrés Garcia Pintos.
Pintos diz que a qualidade da criação nacional se equipara à do país vizinho. A diferença, segundo ele, é que o Uruguai é menor, o que torna mais fácil a organização do setor.