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Figo: importadores fazem novas exigências de manejo

Eles não querem que os produtos brasileiros usem a chamada bordalesa, que é uma mistura de sulfato de cobre e cal

Fonte: Reprodução/Canal Rural

A colheita de figo começou atrasada no interior de São Paulo por causa do clima, que no ano passado acabou prejudicando o período de poda e atrapalhando o processo de exportação do produto. Além disso, alguns países importadores estabeleceram novas exigências para o manejo da fruta.

Na propriedade o agricultor Alci Roberto Previtali, em Valinhos, no interior de São Paulo, o figo já começou a ser colhido e está no ponto para atender ao mercado interno.

A região produz em média cerca de 3 mil toneladas por ano e 30% vai para o mercado externo, como países da Europa e Canadá. “Nós tivemos uma pequena queda na exportação por causa do clima. Como isso atrasou a nossa colheita de 15 a 18 dias, acabou prejudicando a exportação. Nós acreditamos que a perda foi de cerca de 15% nas exportações”, disse o presidente da Associação Agrícola de Valinhos e Região, Pedro Pellegrini.

Novas exigências

Alguns países importadores estão fazendo novas exigências quanto ao manejo. Eles não querem que os produtos brasileiros usem a chamada bordalesa, que é uma mistura de sulfato de cobre e cal, que deixa a planta em um tom mais esbranquiçado. Os produtores, no entanto, alegam que o produto aumenta a durabilidade  e combate a ferrugem, como explica o engenheiro agrônomo Henrique Conti.

“Não querem que o figo vá com calda bordalesa, que eles acreditam ser uma sujeira. Não é agrotóxico, mas alguns estão com essa restrição, mas isso não tem nos afetado a exportação, porque os produtores estão se adaptando e não estão utilizando calda naquela parte da produção que vai ser exportada”, disse.

Na propriedade de Alci, a produtividade é de quase 10 quilos por pé de figo. Até o momento, a safra de inverno, que produz frutos menores e mais doces, está com o produto químico, mas para os próximos ciclos ele já pensa em usar novo manejo para garantir que o produto chegue aos consumidores de outros países. “É uma transição, mas o produtor está apanhando bastante. Não está sendo fácil, porque é um costume antigo, mas o pessoal já está conseguindo fazer a mudança e dar certo”, falou.

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