A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) deve se reunir com o presidente eleito, Jair Bolsonaro, na próxima semana, para discutir nomes para o Ministério da Agricultura.
A deputada Tereza Cristina, que preside a bancada ruralista, garantiu que Bolsonaro ainda não escolheu quem ocupará o cargo. “Mas discutimos algo muito mais importante do que um nome: a nossa participação. O que podemos sugerir de políticas públicas para o agronegócio e para a cadeia como um todo”, disse. Ela também negou que a FPA tenham feito uma lista com indicações.
O deputado Adilton Sachetti (PRB-MT) contou que deve participar da reunião e espera um líder com perfil conciliador. “Ele vai lidar com um momento de mudança de perfil ideológico do país. Tem que ser alguém que tenha capacidade de conversar com as pessoas, dialogar, e fazer as mudanças necessárias”, declarou.
O próximo encontro deve ser semelhante à reunião realizada ainda no primeiro turno das eleições, quando os parlamentares manifestaram apoio oficial ao então candidato do Partido Social Liberal (PSL). A bancada vai se posicionar favorável à manutenção dos ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente separadamente. Além disso, o grupo vai entregar uma lista de pautas prioritárias para o setor.
Tereza Cristina destaca que o agro precisa de um ministério mais moderno e simplificado, sem deixar de ter segurança. “Queremos rever vários pontos, várias secretarias. Precisamos de políticas públicas bem elaboradas, que ajudem o Brasil”, finalizou.
O ano ainda não acabou
A FPA divulgou uma lista nesta terça-feira, 30, com os projetos de lei prioritários para serem aprovados ainda este ano. Em nota, a bancada informou que a proposta que pretende criar um novo marco legal para o licenciamento ambiental (PL 3729 de 2004) é uma delas.
Outros projetos na pauta são o PL 490 de 2007, que propõe uma legislação própria para a demarcação de terras indígenas no Brasil, e o PL 2053 de 2015, que permite fracionar o imóvel rural na garantia de empréstimo.
A presidente da FPA, Tereza Cristina, afirmou na nota que vai levar as pautas ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ainda esta semana.
“Há projetos importantes para garantir segurança jurídica no campo e políticas públicas de qualidade ao setor produtivo nacional. Vamos trabalhar para as propostas avançarem ainda neste ano”, disse.