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Gado: nutrição e tecnologia são armas anticrise

Reunidos em São Paulo, consultores e técnicos defendem que investimentos blindam o produtor em tempos de vacas magras

Consultores e técnicos de todo o país estão reunidos até esta quarta, dia 24, em Guarulhos (SP), para debater novas tecnologias na busca por mais produtividade. Eles debatem os avanços da nutrição animal e maneiras de investir em tecnologia mesmo diante dos altos custos de produção.

O evento é uma maratona de workshops e palestras com cientistas de grandes instituições de pesquisa internacionais.

Um deles é o professor do Departamento de Ciência Animal na Universidade de Ohio, nos Estados Unidos, Bil Weiss. Ele pesquisa o uso de vitaminas na nutrição de ruminantes. Para um público de técnicos e consultores, ele falou do uso dos suplementos na prevenção de doenças e qualidade dos rebanhos.

“Atualmente, os produtores simplesmente têm que usar as vitaminas. Se existem problemas clínicos como mastite, certamente o uso de vitamina E é uma ferramenta. Mas, mesmo que não tenham esses problemas aparentes, os animais têm de estar suplementados com vitaminas”, afirma Weiss.

“Estamos na linha de frente, com certeza, no uso de tecnologias funcionais. Especialmente nos óleos essenciais, o que tem sido puxado fortemente pelo mercado europeu”, diz Luís Fernando Tamassia, diretor de inovação da DSM, uma empresa global que atua em saúde, nutrição e materiais.

“O rebanho brasileiro vem melhorando do ponto de vista genético e nutricional de forma muito expressiva. Eu diria que 100% dos confinamentos braseiros utilizam suplementos nutricionais na dieta dos animais”, diz Marcos Sampaio Baruselli, gerente nacional de confinamento da DSM.

A nutrição animal representa quase 70% dos custos de uma propriedade. Mas especialistas dizem que identificar as deficiências nutricionais dos animais e investir em tecnologia é uma boa estratégia para sobreviver à crise.

Para o zootecnista Fernando Eduardo Alves de Sousa, o produtor pode ficar despreocupado quanto ao retorno do investimento: “Toda tecnologia que é lançada no mercado é testada com a perspectiva de retorno. O investimento traz rentabilidade suficiente para o produtor pagar pela tecnologia e ainda sobrar dinheiro pra ele”.

Apesar dos avanços brasileiros em nutrição animal, o professor de medicina veterinária da Universidade de São Paulo (USP) Enrico Ortolani afirma que o produtor precisa recorrer sempre à ajuda especializada antes da tomada de qualquer decisão. 

“Para que você possa melhorar e resolver o problema de custo, um ponto chave é não abandonar os investimentos em tecnologia por completo, nesses tempos de vacas magras. É hora de fazer um certo investimento e chamar um técnico para dizer o que deve ser mantido e o que não deve ser cortado”, diz o professor.

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