O governo federal anunciou pela manhã a liberação de R$ 28,9 bilhões para o Plano Safra da Agricultura Familiar. As taxas de juros subiram até 3 pontos percentuais, valores dentro do esperado, mas para quem acompanha o dia-a-dia do produtor, ter acesso ao crédito está mais difícil.
O presidente da Federação dos Trabalhadores da Agricultura de São Paulo (Fetaesp), Braz Albertini, diz que o volume de recursos agrada, mas a falta de acompanhamento pode comprometer o acesso ao empréstimo. Para ele, falta investimento na extensão rural.
– Poderia até ser menos pró-financiamento e mais para a extensão rural. Eu acharia que o plano ficaria bem melhor – disse.
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A liberação de recursos é bastante aguardada no município de Biritiba Mirim, interior paulista. Para o engenheiro agrônomo Júlio Nagase, a liberação de crédito não é problema desde que o agricultor esteja dentro dos limites de renda, área e funcionários exigidos pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
– Normalmente, quem não consegue crédito é quem tem problema de documentação. O produtor, estando em dia com as suas obrigações, tanto na parte de documentação e produção, ele tem acesso ao crédito rural sim – afirmou.