Em 2014, uma revendedora de tratores de São Paulo vendeu 60 unidades por meio dos dois programas. O proprietário está animado com a prorrogação das linhas de financiamento, mas já considera que a estiagem que afeta a produção deve prejudicar as vendas.
O produtor precisa ficar atento às mudanças das linhas de financiamento. O PSI ficou com os juros maiores, para quem tem renda operacional bruta de até R$ 90 milhões, a taxa passou de 4,5% para 7% ao ano. Para os produtores que arrecadam valor maior, os juros saíram de 6% para 9,5% ao ano. Antes, o produtor podia financiar 90% do valor, agora, o limite é 70%, com oito anos para pagar. Na regra antiga, o prazo era de 10 anos.
Já no Moderfrota a taxa de juros foi mantida, 4,5% ao ano para produtores com faturamento anual total de até R$ 90 milhões e 6% para o produtor com renda superior a esse valor. O prazo para adesão vai até junho. Nas novas regras, o produtor pode continuar financiando até 90% do valor máximo, que é R$ 120 milhões, com oito anos de prazo para pagar.
O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Carlos Pastoriza, critica as regras do financiamento e afirma que os recursos não vão conseguir atender a demanda até o segundo semestre.
– Estamos já alertando o governo federal de que vai haver necessidade de complementação, ainda mais neste momento em que o PSI está praticamente desaparecendo, as taxas do Moderfrota estão mais interessantes – afirma Pastoriza.