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Governo promete socorro aos produtores de arroz

Ministério da Agricultura se compromete a liberar R$ 100 mi para leilões de PEP e Pepro, além de aquisições do governo federal

O Ministério da Agricultura prometeu liberar R$ 100 milhões para controlar a queda no preço do arroz. Essa verba deve ser usada em três operações. Os leilões do PEP (Prêmio para Escoamento de Produto) e do Pepro (Prêmio Equalizador Pago ao Produtor) ainda não têm data marcada. E o governo também estuda usar AGFs (aquisições do governo federal).

Os produtores de arroz do Brasil vivem hoje uma das maiores crises da história, sobretudo nos principais estados produtores, como Rio Grande do Sul e Santa Catarina. O valor da saca está 20% abaixo do preço mínimo. A colheita do produto está para começar, e entidades do setor já estão preocupadas com o escoamento dos grãos e com a lucratividade do agricultor.

“Na realidade, o que nós temos? Um estoque de passagem de 1,2 milhão de toneladas em mãos privadas, que estão simplesmente deprimindo o mercado. É a lei irrevogável da oferta e procura. Nós temos mais ofertas no mercado e, evidentemente, os preços descambam”, diz Gedeão Silveira Pereira, presidente da Farsul (Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul).

O setor se reuniu com o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, para pedir ao governo que adote medidas de sustentação de preços do arroz.

“A Federarroz seguirá atuando no sentido de cobrar uma fiscalização efetiva nas fronteiras e mesmo no varejo. Mas também estaremos contribuindo com o Mapa na efetivação dos mecanismos de comercialização para escoar o produto. Como esse produto está todo concentrado no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, nada melhor que escoar a produção para os demais estados”, afirma os presidente da Federarroz, Henrique Dornelles.

Para o presidente da Farsul, é preciso agir antes que o caos se estabeleça na lavoura orizícola: “Estamos sendo, sim, socorridos por esses mecanismos. Estamos anunciando esse leilão de aproximadamente 1,2 milhão de toneladas de arroz, que é justamente o tamanho do estoque de passagem”.

Diante desse cenário, a Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura vai destinar R$ 100 milhões do seu orçamento, já prevendo uma queda ainda maior no preço do arroz. Com isso, espera trazer segurança ao agricultor na hora de comercializar o produto.

“Nós estamos com uma portaria de R$ 100 milhões já liberada. Ela foi editada e publicada no dia 29 de dezembro, já prevendo essa possibilidade na queda do preço. E vamos fazer o primeiro leilão antes da colheita. Não está definida a quantidade ainda, mas de 250 ou 500 mil toneladas, para que o nosso produtor tenha segurança no início da colheita”, diz o secretário de Política Agrícola, Neri Geller.

De acordo com o secretário, a meta agora é garantir recursos para AGF, as aquisições do governo federal, política agrícola que favorece os pequenos agricultores. “Vamos contemplar aquele pequeno produtor que tem mais dificuldade na hora de entrar nos leilões de PEP e Pepro”, afirma Geller.

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