Os produtores de tomate de Sumaré, interior de São Paulo, ainda contabilizam as perdas com a queda de granizo, que ocorreu em outubro e destruiu mais da metade das lavouras. A expectativa é de que 400 mil caixas não sejam colhidas por causa do estrago.
– A expectativa era muito boa. A gente estava com plantas muito boas, bem sadias, a produtividade nossa ia ser muito alta. A expectativa realmente era de uma boa safra – disse o presidente associação dos agricultores de Sumaré, Marcos Ravagnani.
As lavouras de tomate atingidas pelo granizo tem seguro, mas o valor da indenização não é suficiente para cobrir os custos. O produtor Gerson Stein teve perda em 60% da área e vai receber, em média, R$ 50 mil por hectare perdido. O gasto, porém, ultrapassa os R$ 60 mil por hectare.
– O seguro é uma tabela já de dois anos atrás e que não acompanhou o aumento relativo da despesa. Então ele não vai chegar nos nossos custos atualmente – afirmou.
A quebra na safra pode mexer com os preços nas próximas semanas, acredita Ravagnani.
– O tomate vem desde umas três, quatro semanas, não tem caído o preço. Mesmo com o feriado deste fim de semana ele manteve o preço. Isso porque a oferta está baixa – disse.
A perspectiva para a próxima safra é de redução na área de tomate.
– A nossa previsão, da nossa região, seria em janeiro do ano que vem a nova “semeação” pra colher em abril e maio. A nossa intenção seria manter a área nossa. Não existe expectativa nenhuma de aumentar área. Se existir uma tendência é de diminuir um pouquinho ainda para equalizar com a nossa situação financeira – afirmou Stein.