A proliferação de palometas, um tipo de piranha, continua preocupando pescadores na bacia hidrográfica do rio Jacuí, no Rio Grande do Sul. Para tentar amenizar o cenário, foi criado um grupo de trabalho para desenvolver um plano de combate à invasora a partir de estudos científicos e monitoramento dos animais.
O analista ambiental do Ibama no Rio Grande do Sul, Maurício Vieira de Souza explica como será feito esse trabalho e quais perspectivas para diminuir o impacto predatório desses animais.
“Estamos vendo um quadro novo de movimentação biológica. Montamos um grupo com agentes para que se possa aplicar um plano de contenção para evitar que a espécie se espalhe ainda mais, seguindo para outra bacia”, disse.
O plano de ação é feito junto com pescadores, na expectativa de desenvolvimento de métodos de captura da espécie. “Existe uma pesca profissional nessa região e o rio desagua no Guaíba e, por conseguinte, recai na lagoa dos patos. Se não frearmos as palometas, podemos ter impacto significativo na região”, nos contou.
Uma das opções observadas seria a da inclusão de uma espécie predadora da palometa, como o peixe dourado. No entanto, explica Maurício, essa introdução precisa ser muito bem estudada para não causar novo desequilíbrio na região. “Isso demanda estudos, porque podemos gerar um novo desequilíbrio. Também precisamos entender a eficiência, pois o ambiente precisa ser específico para essa espécie, que obviamente não será predadora apenas da palometa e, sim, de outros peixes. É preciso entender tudo isso”.