Com o recente aumento nos preços do diesel e a instabilidade com relação ao petróleo, o que se tem visto em cenário nacional é a busca por um reajuste justo para os dois lados.
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Diante disso, o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Pedro Rodrigues, comentou sobre qual será a perspectiva do preço do diesel nos próximos meses.
“Estamos acompanhando uma volatilidade muito grande no preço do barril, principalmente por conta da guerra, um fator de fora da indústria do petróleo. Então, é muito difícil dizer como vai ficar a situação, só tendo um horizonte quando a guerra tiver um final.”
Já em relação ao peso desses aumentos na cadeia produtiva da agricultura, Rodrigues afirma que os impactos são enormes, visto que o país é o sexto maior consumidor de diesel no mundo e que os produtos agrícolas estão diretamente ligados ao preço do diesel, já que o transporte é feito através do combustível, o que afeta toda a cadeia produtiva, tornando a inflação ainda maior.
Com relação a mudança do ICMS como forma de ajudar na redução dos preços, o especialista disse que ainda é difícil cravar se essa alteração auxiliará a diminuir os custos do combustível, uma vez que o Brasil tem preços livres.
“Os postos de gasolina podem colocar o preço que quiserem, não existe um tabelamento, então quando há a diminuição de um tributo, é muito difícil saber se os próprios distribuidores não vão se apropriar dessa margem. Essa lógica não é perfeita”.