Produtos hortifrutigranjeiros sofrerão mais com o coronavírus do que outros grupos alimentícios que tem durabilidade maior, afirma o professor da Universidade de São Paulo (USP) Celso Grisi. “As pessoas anteciparam as compras com medo de quarentena, mas com os perecíveis isso não pode acontecer. E além de serem comprados em menores quantidades, eles são mais suscetíveis à queda de renda das pessoas”, diz.
Com isso, segundo Grisi, a tendência é de queda momentânea nas cotações dos produtos, que devem se recuperar tão logo passe a crise. “No caso das frutas, o mercado externo está parado em função de problemas logísticos. Esses produtos entrarão em recomposição e serão comprados mais à frente”, comenta.
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Quanto a commodities como soja e milho, o especialista não descarta recuou nos preços em função da indústria de subprodutos desaquecida. Porém, com o mercado de carne ainda aquecido no Brasil e no exterior, os grãos sofrerão menos.