Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Impasse sobre regularização de terras no DF continua

Nova proposta do governo não resolve impossibilidade de os produtores oferecem propriedades como garantia aos bancos

Fonte: Canal Rural

Produtores rurais do Distrito Federal questionam o novo contrato que o governo regional está oferecendo para regularizar a situação das terras. O impasse dura quatro décadas e o principal prejuízo é a incapacidade dos agricultores de darem as terras como garantia aos bancos em troca de financiamento.

Atualmente, os agricultores possuem contrato para se instalar em áreas públicas, mas o documento não é aceito pelos bancos na hora de buscar financiamento.

A situação afeta mais de 18 mil propriedades. A Cooperativa Agrícola do Rio Preto ampliou a capacidade de armazenagem para 370 mil sacas e dobrou o beneficiamento de grãos com a secagem, agora a vapor, de 4 mil sacas por hora. O investimento foi de R$ 5 milhões, a maior parte com recursos do BNDES, mas R$ 1,6 milhão saíram do caixa da Cooperativa, porque a falta de um documento de título da terra impediu o acesso a financiamento bancário.

– Isso atrapalha não só o produtor, mas até o governo. Não há investimento aqui, porque nós não temos capacidade de buscar recursos, não temos garantias. Com isso, trava o desenvolvimento – diz o presidente da Cooperativa, Valter Baron.

A promessa era que até o início de junho as escrituras públicas de concessão de direito real de uso estariam emitidas, mas isto não ocorreu. Dessa vez, o governo do Distrito Federal prometeu regularizar 3 mil propriedades até 2018. O governador Rodrigo Rollemberg garante que o documento a ser emitido terá validade em operações financeiras.

– Está avançando [a solução para o problema], mas nós queremos avançar de forma mais rápida, porque sabemos que é um sonho dos produtores rurais, reivindicação absolutamente justa e que vai dar tranquilidade e vai impulsionar o desenvolvimento no meio rural do Distrito Federal – diz.

Doze agricultores já assinaram um contrato com a administração. No entanto, eles dizem que o documento não tem validade nenhuma junto aos bancos. A maioria não quer apenas a escritura pública, mas sim a compra da propriedade. 

– O contrato de concessão que nós temos é a mesma coisa que esse [documento]. Não dá garantia nenhuma a nós, só traz despesa e custo para o produtor – diz o produtor Genésio Müller, que pagou R$ 60 mil pelo documento.

Para o presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Distrito Federal (FAPEDF), Renato Simplício, a iniciativa do governo é um “bom início”, mas precisa ser ampliada, com a criação de uma política de regularização fundiária.

– Vamos fazer uma avaliação criteriosa, de acordo com as normas vigentes, para que possa ter um preço razoável [da terra]. Não adianta também que seja caro demais que ele [produtor] não possa pagar – afirma.

Sair da versão mobile