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Incêndio em Santos causa prejuízo acima dos US$ 6 milhões

Valor é referente ao acréscimo do custo fixo do navio, informa o SindamarO primeiro levantamento estima que prejuízos estão acima de US$ 6 milhões em decorrência do incêndio nos tanques de combustíveis da empresa Ultracargo, no bairro Alemoa, em Santos, litoral paulista, que chega ao sétimo dia, nesta quarta, 8. O incidente prejudica também o embarque de cargas e impacta a exportação de soja.

Fonte: Canal Rural

– O valor do prejuízo se refere ao acréscimo do custo fixo dos navios nos Terminais de Granéis Líquidos da Alemoa e aos terminais de contêineres – informa o diretor-executivo do Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Estado de São Paulo (Sindamar), José Roque.

De acordo com Roque, apesar de não ter sido possível mensurar, houve situações de navios com insumos agrícolas que tiveram de mudar de porto para desembarcar os produtos.

Liberação de caminhões

Para que os prejuízos não sejam ainda maiores, os caminhões que saíram de estados distantes sem ter recebido algum tipo de comunicado
do bloqueio ao Porto de Santos pela margem direita devido ao incêndio nos tanques de combustíveis da empresa Ultracargo, terão entrada
permitida a partir de hoje, das 21h às 04h, informa a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), na tarde desta quarta, 8.

Porém, não significa que o acesso ao local foi normalizado. A exceção é em viturde de muitos caminhões terem deixado o local de origem
sem nenhum anúncio da interdição na região do Porto. O acesso será pelo trecho urbano. No local, a Companhia de Engenharia de Trânsito (CET) e a guarda portuária estarão formando comboios e escoltando destes caminhões até a área portuária.

Exportação de soja

As empresas estão pagando de US$ 15 a 20 mil por dia pela taxa de sobre-estadia e não há volume suficiente para dar sequência aos embarques, segundo a Abiove.

Como o acesso dos caminhões ao Porto de Santos pela margem direita permanece proibido até sexta, dia 10, devido a proporção do incêndio, o fluxo de recebimento e embarque de cargas está comprometido e as empresas exportadoras que operam na região contabilizam os prejuízos, que até o momento não tem valores reais divulgados. Nesta quarta, 8, a situação tem o mesmo cenário. Com fila de caminhões e ainda, navios parados por baixo estoque de cargas, o que impossibilita os embarques.

– Infelizmente, as empresas já estão com os estoques muito baixos e o volume é insuficiente para dar sequência aos embarques nos navios. O impedimento é muito severo e prejudica bastante as empresas que operam na margem direita. Por isso, as empresas já enfrentam filas de navio e estão pagandodemurrage, taxa paga por sobreestadia do navio – afirma o gerente de economia da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), Daniel Furlan Amaral, em entrevista ao Rural Notícias, nesta terça, 7.

Ao todo, na margem direita são 38 terminais portuários. Entre eles, o da Caramuru Alimentos, ADM do Brasil, Cereal Sul, Louis Dreyfus Commodities Brasil, T-Grão Cargo, Terminal 12A S/A, Terminal 39 de Santos S/A, todos do complexo de soja e milho. Além destes, tem os terminais da Citrosuco, Quintela Com. Exp., Fischer S/A e Moinho Pacífico, do completo trigo. Cosan e Coopersucar, de açúcar, também integram a área dos terminais. O fluxo ferroviário funciona normalmente nas margens direita e esquerda.

Ele ainda acredita que serão necessários pelo menos três dias para que o fluxo de recebimento e embarque de mercadorias se normalize, já que a fila de caminhões e navios é grande.

– A diária de US$ 15 a 20 mil por demurrage é um valor expressivo. E essas empresas também estão tendo problemas com recebimento de mercadorias, o que pode ter impactos com contratos. Além de estarem pagando despesas extras com os motoristas dos caminhões que estão parados na região – ressaltou Furlan.

A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (ANEC) se pronunciou sobre os impactos desse incêndio por meio de nota e afirma que a dificuldade no recebimento pode ocasionar atrasos em alguns embarques nos próximos dias em função da falta de carga. Os exportadores vem buscando escoar a carga por meio de ferrovias, que não foram afetadas pelo incêndio.

A princípio, os terminais ainda possuem estoque para atendimento dos embarques, que até o momento ocorre normalmente. Entretanto, caso a situação não se normalize até o fim da semana, é provável que falte carga para os embarques abastecidos majoritariamente pelos terminais localizados na margem direita.

Segundo estimativas, os armazéns têm capacidade para abastecer os navios por até uma semana, sem qualquer recebimento. Porém, esta estimativa pode variar de terminal para terminal.

*Com edição de Flávya Pereira, apuração de Carla Oliveira e Rikardy Tooge

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