– Não dá mais para esse governo deixar o setor produtivo do jeito que está. A perspectiva é de que sejam fechados novos postos de trabalho se continuar desse jeito. – indaga o presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Ubiraci Dantas.
Nos últimos meses, o setor vem registrando quedas nas vendas. Durante o encontro foi lançado um manifesto pedindo a redução de impostos e taxas de juros, o que dificulta, por exemplo, a compra de máquinas para a produção rural brasileira.
Uma das principais queixas do setor agrícola é o aumento dos juros da linha de financiamento do Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota) antes do fim da safra. A decisão foi do Conselho Monetário Nacional, que elevou para três pontos percentuais, de 4,5% para 7,5% ao ano.
Esse valor é para empresas e produtores com renda de até R$ 90 milhões. Acima desse valor, o financiamento subiu de 6% para 9%. A decisão está valendo desde o início deste mês. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, a Abimaq, essa mudança pode representar uma queda ainda maior nas vendas em 2015.
– Não dá para mudar as regras no meio do jogo, faltando menos de quatro meses para o fim da safra. A produção industrial vem de seguidas quedas e esse setor é estratégico na economia brasileira. Temos de fazer alguma coisa para mudar essa realidade – enfatizou o presidente da Abimaq, Carlos Pastoriza.