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Indústria quer levar arroz brasileiro para novos países

Entre os países escolhidos estão Estados Unidos, China, Reino Unido e Arábia Saudita, que são potências que estariam dispostas a fazer negócio com o Brasil em curto prazo

Fonte: Canal Rural

A participação do arroz brasileiro no mercado internacional deve crescer nos próximos dois anos, já que a indústria pretende investir em oito novos mercados internacionais. O Brasil tem qualidade reconhecida no exterior, o que, segundo o setor, contribui para essa nova investida.

Entre os países escolhidos estão Estados Unidos, China, Reino Unido e Arábia Saudita, que são potências que estariam dispostas a fazer negócio com o Brasil em curto prazo. “Eles reconhecem a qualidade do arroz brasileiro que vai além do arroz branco, como é o caso do Oriente Médio e os Estados Unidos, que sabem que estamos à frente da concorrência na produção de arroz parboilizado, por exemplo”, disse o gerente de projeto da Brazilian Rice, Gustavo Ludwig.

De acordo com a engenheira de Alimentos do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial  (Senai), Ana Carolina Langone, que também presta consultoria às empresas para implementação de normas internacionais, os mercados enxergam segurança alimentar como pré-requisito para importar o produto.

“Eles olham para indústria, porque é exigido dela conhecimento sobre a produção do arroz no campo. Então, um dos requisitos dessa norma é conhecer bem o produtor a ponto de perceber quais são as carências e quais tipos de defensivos são utilizados”, falou.

O trabalho feito ainda na lavoura tem sido fundamental para fortalecer a imagem do cereal fora do país. “O agricultor vem  melhorando a questão do manejo e tem entregue arroz com melhor qualidade. Nós temos arroz com muito mais grãos inteiros e com menos impurezas”, relatou o diretor de Comércio Internacional da Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz).

Apesar de o Brasil aumentar o número de compradores a cada ano, Ludwing busca incentivos para vender no exterior. Segundo ele, o preço alto do mercado internacional acaba tirando a competitividade no mercado interno. “A nossa dificuldade maior é preço. Os custos da matéria-prima e de logística impactam fortemente no custo do arroz brasileiro, que acabam sendo bem mais elevados do que o dos concorrentes, como o Uruguai”, disse. 

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