Criadores de abelha do Rio Grande do Sul estão preocupados com o impacto do uso incorreto de inseticidas na soja. Nesta semana, apicultores se reuniram com a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) para debater o assunto.
Coordenador da Câmara Técnica da Apicultura da Secretaria de Agricultura do Rio Grande do Sul, Aldo Machado dos Santos defende que o maior problema é a alta mortalidade dos insetos. “É colocado inseticida junto ao secante. Tem muitas flores no campo nesta época e as abelhas acabam sendo contaminadas, indo para suas colmeias e matando as suas colmeias”, explica.
Segundo Décio Gazzoni, pesquisador da Embrapa Soja, o problema está no manejo. “Se aplicar na hora do dia errada, com vento em demasia, causando deriva na mata, ele e o apicultor vão perder”, enfatiza.
A Aprosoja-MT financia estudos que monitoram a ação das abelhas. O diretor executivo da entidade, Fabrício Rosa, explica que é necessário existir comunicação entre produtores de mel e outras culturas para que no momento da aplicação não haja abelhas fazendo visitação.
A gerente de uso correto e seguro do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sidiveg), Paula Arigoni, fala sobre as ferramentas disponíveis no Plano Nacional de Boas Práticas, que podem melhorar a relação entre agricultura e apicultura. “Assistência técnica no número 0800 771 8000 para mitigação e prevenção de incidentes e o Colmeia Viva via aplicativo ou Ensino À Distância (EAD)”, conta.