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Integração Lavoura Pecuária reduz custos de produção em confinamento

Aplicação de tecnologia é o que tem tornado a atividade viável, diz pecuaristaO confinamento localizado na cidade Barretos (SP) tem capacidade estática para 30 mil bovinos. Os animais entram no sistema Integração-Lavoura-Pecuária com 170 quilos e são abatidos com 540 quilos, após 106 dias de cocho. Um tipo de confinamento que utiliza sub-produtos da agricultura para alimentar os animais e ainda reduz os custos de produção.

Fonte: Canal Rural

Em uma região tipicamente agrícola, o pecuarista André Luiz Perrone decidiu apostar na pecuária. Para tornar a atividade viável, o pecuarista investe em tecnologia.

– Na pecuária é preciso intensificar. Sem tecnologia fica difícil aumentar a margem de lucro. Eu diria que sem tecnologia, hoje minha atividade é inviável – declara Perrone.

Na fazenda tudo é reaproveitado. Na dieta dos animais são utilizados sub produtos da agricultura como a polpa cítrica e a palha da cana. Já o feno é produzido dentro do confinamento e a lavoura é adubada com o esterco dos animais.

– Nós utilizamos a palha como uma alternativa para o bagaço da cana que, nos últimos anos, se tornou muito caro. A palha para ser utilizada na dieta dos animais deve ser cortada, com largura de 3 centímetros. Ela é muita rica em fibras e o custo é baixo – esclare o zootecnista, Luciano Morgan.

A alimentação é produzida dentro de uma fábrica e são produzidas 150 toneladas de matéria seca por dia com o custo de R$ 490, a tonelada. Os ingredientes ficam separados e são armazenados dentro de um barracão e a mistura é feita antes de ir para o cocho. Os animais se alimentam quatro vezes ao dia: duas vezes no período da manhã e duas à tarde.

– Os tratores são automatizados e em cima da pá do trator ficam a fórmula da dieta e a pesagem dos nutrientes. O operador consegue calcular a quantidade certa para cada tipo de dieta. Não temos desperdício e isso ajuda muito nos gastos – conta o responsável pelo manejo nutricional dos animais, Fernando Salvador.

Três caminhões automatizados percorrem as linhas de terminação. A distribuição é feita de acordo com a necessidade dos animais de cada piquete. O consumo médio é de 10 quilos de matéria seca, com ganho médio de 1,6 kg por dia. Pela manhã é feita a leitura de cocho. O desperdício é pequeno, menos de 0,5%. No fim do mês, a economia é de R$ 40 mil.

– Em cada linha, há um sensor com as informações da dieta de cada piquete. Ele manda um comando e o caminhão despeja a quantidade certa, a pessoa só precisa dirigir. Você enonomiza tempo, combustível, dinheiro e aumenta o rendimento – explica Salvador.

Ainda assim, com toda a tecnologia, o pecuarista André Luiz  ainda enfrenta um problema: a falta de animais para reposição. No último ano, o preço do boi magro aumentou 20% e a qualidade do gado diminui.

– Antes nós achávamos animais por aqui. Agora vamos buscar em Minas Gerais, Mato Grosso, no Mato Grosso do Sul até no Espírito Santo. Com isso, a qualidade diminuiu e o frete aumentou – pondera Perrone.

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